ABH2 assinou memorandos de entendimento para desenvolvimento da economia do hidrogênio no Brasil e na França

Na última quarta-feira, dia 27 de março, foi realizado na Fiesp, em São Paulo, o Fórum Econômico Brasil x França sobre a transição para a economia de baixa emissão de carbono. O evento contou com a presença do Vice-Presidente Geraldo Alckmin e do líder de estado da França, Emmanuel Macron. Junto a eles, também compareceu ao evento, Paulo Emílio de Miranda, presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2).

Foram assinados, ao todo, dezenove memorandos de entendimento, dois deles com a participação da ABH2. O primeiro foi firmado com a France Hydrogène, contraparte francesa da ABH2, e o segundo com a Mouvement des Entreprises de France (MEDEF), que representa empresas francesas. Os memorandos firmaram a cooperação para desenvolvimento da economia do hidrogênio nos dois países, e representam marco muito significativo no intercâmbio empresarial e de conhecimento tecnológico entre França e Brasil.

O Brasil possui um enorme potencial para se destacar no mercado global de hidrogênio devido a sua diversidade de fontes para produção de hidrogênio com baixa emissão de carbono e potencial mercado de consumo. 

Reconhecendo a importância estratégica desse mercado, o Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) criou o Conselho Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio (Coges-PNH2). Este conselho, composto por diversos ministérios e instituições, desenvolve o plano trienal do PNH2. Para guiar as ações de desenvolvimento econômico relacionadas ao hidrogênio no Brasil, foram criadas cinco câmaras temáticas, abrangendo desde fortalecimento científico-tecnológico até questões de mercado e competitividade. A ABH2 é partícipe de todas as Câmaras Temáticas do PNH2 e seus membros também participam do COGES e da coordenação de Câmara Temática.

Atualmente, projetos de lei discutem o marco legal do hidrogênio de baixa emissão de carbono no Brasil, o que reflete o compromisso do país com a transição energética. As propostas também estabelecem princípios e instrumentos para orientar a política nacional para o hidrogênio e criar o sistema nacional para certificação do hidrogênio de baixa emissão de carbono, incluindo programas de desenvolvimento, certificação, incentivos fiscais e cooperação técnica e financeira entre setores público e privado. O Brasil busca se posicionar como produtor de hidrogênio de baixa emissão para o mercado nacional e como exportador de produtos descarbonizados como hidrogênio, aproveitando seu vasto potencial energético de forma sustentável.

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