Superintendente da ABH2 realiza viagens estratégicas ao Reino Unido e Tóquio

No período de 26 de fevereiro a 6 de março, Gabriel Lassery, Superintendente Executivo da ABH2, realizou viagens estratégicas com destino ao Reino Unido e a Tóquio.

No Reino Unido, através de missão realizada pelo Governo Britânico e pelo Ministério de Minas e Energia do Brasil, o foco foi voltado para a consolidação dos laços bilaterais, especialmente na promoção dos hubs de hidrogênio, fundamentais para o nascimento do mercado e para a produção e o consumo em larga escala desse recurso energético. Hubs de Hidrogênio são elementos estruturantes do Programa Nacional do Hidrogênio, que tem como objetivo estabelecer, até 2035, pelo menos um hub em cada região do Brasil, no âmbito do Pro Hubs Brasil.

A missão foi composta por visitas técnicas em empresas com tecnologias britânicas para produção e consumo de hidrogênio, em centros de pesquisa, reuniões com associações setoriais (UK Hydrogen  Energy e UK Carbon Capture and Storage)  e reuniões bilaterais com entidades do Governo Britânico, como o Department of Business and Trade e o Department for Energy Security and Net Zero.

Durante esse período, ocorreram discussões políticas e estratégicas envolvendo representantes de ambos os governos, que compartilharam as suas experiências e visões relacionadas ao hidrogênio nos aspectos de financiamento, pesquisa e desenvolvimento, qualificação de mão de obra e códigos, normas, padrões e regulações. Foi também enfatizada a estratégia britânica para hidrogênio de baixa emissão de carbono, semelhante à brasileira, e seu alinhamento com as normas internacionais, como as da ISO. Esses debates ganham ainda mais relevância diante dos projetos de lei no Brasil que visam a criação de um marco legal para o hidrogênio de baixa emissão de carbono.

Em Tóquio foram realizadas reuniões ao longo da semana para detalhar a elaboração de norma internacional de metodologia para cálculo de emissões na produção do hidrogênio (IS 19870-1). No ano anterior, 2023, a ISO publicou uma especificação técnica (TS 19870) para a determinação de emissões na produção, condicionamento, conversão e transporte do hidrogênio até o consumidor final, que foi liderada pelo Brasil e pela França. Agora, essa especificação está sendo trabalhada para se tornar uma família de normas para hidrogênio, cada uma focada em uma etapa da cadeia de valor.

Também foram realizadas visitadas a empresas japonesas que estão desenvolvendo tecnologias inovadoras, como a produção de hidrogênio a partir de plástico reciclado e o uso de carreadores orgânicos (MCH) para transporte de hidrogênio. Foi interessante observar como cada região desenvolve rotas distintas para produção e transporte de hidrogênio de baixa emissão de carbono, de acordo com suas vantagens naturais.

Através de tais participações, a ABH2 posiciona o Brasil na vanguarda do desenvolvimento tecnológico, regulatório e normativo para o hidrogênio, o que é ainda potencializado pela criação de laços internacionais e intercâmbio de conhecimentos e informações.

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