Hidrogênio no Brasil: entrevista com o Presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio
Em entrevista exclusiva à H2 Today durante o evento Hyvolution Paris 2024, Paulo Emílio de Miranda, presidente da Associação Brasileira de Hidrogênio (ABH2), compartilhou suas percepções sobre o posicionamento do Brasil no mercado internacional de hidrogênio e as iniciativas da ABH2.
Quando questionado sobre a posição internacional do Brasil no mercado de hidrogênio, o professor Paulo Emílio de Miranda enfatizou a posição do país como produtor autossuficiente de hidrogênio para uso doméstico e futuro exportador. Ele ainda destacou a abundância de recursos naturais do país, incluindo energia renovável de fontes hidrelétricas, eólicas e solares, o que proporciona uma base sólida para a produção de hidrogênio.
Diversas oportunidades de produção de hidrogênio
A Associação Brasileira de Hidrogênio,sob a liderança do professor Miranda, a Associação Brasileira de Hidrogênio antevê uma ampla variedade de métodos para a produção de hidrogênio, indo além da tradicional eletrólise da água. Embora a eletrólise seja considerada uma alternativa viável, especialmente devido à acessibilidade das energias renováveis e à disponibilidade de água no Brasil, a Associação Brasileira de Hidrogênio está investigando outras opções, isso inclui o uso de combustíveis fósseis, bem como biocombustíveis e/ou biomassa residual. Com isso, essa abordagem reflete uma compreensão abrangente das potenciais fontes de hidrogênio, ao mesmo tempo que ressalta o papel do Brasil como uma potência agroindustrial.
Abordando a posição da ABH2 sobre a produção de eletrólise, o professor Miranda enfatizou a perspectiva mais ampla da associação. Além da eletrólise, os vastos recursos de biocombustíveis do Brasil, aliados à descoberta de poços naturais de hidrogênio, posicionam o país para uma abordagem multifacetada à produção de hidrogênio, garantindo sustentabilidade e resiliência.
Mobilidade movida a hidrogênio no Brasil
O professor Paulo Emílio de Miranda discutiu as conquistas do Brasil em mobilidade limpa, citando a adoção bem-sucedida em larga escala do etanol (derivado da cana-de-açúcar) para automóveis. Ele destacou os desenvolvimentos em andamento, incluindo a introdução de um ônibus com célula de combustível a hidrogênio em Maricá, Rio de Janeiro, e as perspectivas de adoção do hidrogênio em veículos pesados, incluindo caminhões e trens.
O sucesso anterior do Brasil com o etanol posicionou o país favoravelmente para uma transição suave para o transporte movido a hidrogênio.
A entrevista proporciona uma análise sobre a estratégia adotada pelo Brasil em relação ao hidrogênio, evidenciando sua dupla função como mercado potencial exportador global. Esse delineamento é enriquecido pelas iniciativas empreendidas pela Associação Brasileira de Hidrogênio, as quais desempenham um papel preponderante na promoção e no desenvolvimento dessa indústria emergente.
Para ver a matéria completa, acesse: 🇬🇧 Hyvolution : interview with Paulo Emílio Valadão de Miranda - President of ABH2 🇧🇷 (youtube.com)
E acesse o site da H2 Today com artigos sobre o hidrogênio no Brasil: The latest hydrogen news in Brazil - H2Today (hydrogentoday.info)
Créditos da matéria: realizada por Marina Leite equipe do jornal francês H2 Today