Associação Brasileira do Hidrogênio participou da Reunião Ampliada com Setor Privado para o Programa Nacional do Hidrogênio

No encontro, foi realizado um alinhamento com o setor privado sobre as ações em andamento no âmbito do PNH2, incluindo a versão do Plano de Trabalho Trienal 2023-2025, pós consulta pública. Além disso, foram divulgadas as ações prioritárias que já estavam em andamento, além de incentivada a participação ampla do setor privado.

Fonte: Ricardo Botelho / MME

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, fez a abertura do encontro afirmando a importância do hidrogênio na transição energética brasileira e sua contribuição para a descarbonização da economia. Alexandre Silveira reforçou a prioridade da transição energética para o governo e o papel fundamental do Programa Nacional do Hidrogênio (PNH2) na estratégia brasileira de liderar a transição energética:

"Com abordagem multidisciplinar e inclusiva, o Programa reúne representantes do setor público, privado e acadêmico para delinear juntos às políticas e às diretrizes relacionadas ao hidrogênio de baixo carbono. O Brasil possui uma combinação de fatores que nos colocam em posição de destaque no mercado global do hidrogênio. Temos recursos energéticos em diversidade e abundância, solidez institucional, estabilidade política, e capacidade de investimentos em desenvolvimento tecnológico. Esses são alguns dos aspectos que conferem competitividade ao nosso Brasil."

"Já registramos cerca de 30 bilhões de dólares em projetos anunciados em hidrogênio de baixo carbono no pais"

Alexandre Silveira destaca também os aspectos benéficos do desenvolvimento do hidrogênio de baixa emissão de baixo carbono para o país, incluindo segurança energética e geração de empregos, e contribuindo para a descarbonização da indústria e dos transportes, além de impulsionar a criação de um mercado internacional desta commodity da ordem de bilhões de dólares.

Ao focar no desenvolvimento de rotas tecnológicas para o hidrogênio de baixa emissões de carbono, o Plano Trienal (2023-2025) do PNH2 abre a possibilidade do Brasil se consolidar como o maior e mais competitivo produtor de hidrogênio de baixa emissãon de carbono da América Latina até 2035, segundo Alexandre Silveira.

O presidente da ABH2, Paulo Emilio Valadão de Miranda, destacou que é preciso considerar as emissões de carbono durante todo o ciclo de produção industrial do hidrogênio.

“Nós chegaremos num ponto que nós teremos que definir para o hidrogênio de baixo carbono quantos quilos de CO2eq por quilo de hidrogênio produzido serão admitidos.”

“Será que nós poderemos no futuro fazer mesclas de hidrogênio, produzido por métodos diferentes, para que o produto final esteja sob o limite estabelecido de hidrogênio de baixo carbono e considerado como tal?”

Thiago Barral, secretário de Planejamento e Transição Energética do MME, concordou com esta proposta e destacou a importância de valorizar a fungibilidade do hidrogênio quando se discutem marcos legais e certificações - independentemente do processo de produção.

A fungibilidade [do hidrogênio] é fundamental na nossa visão para o desenvolvimento do mercado

O secretário quer evitar a formação de vários pequenos mercados boutique, sem liquidez e sem redundância de suprimento. Para evitar isso, assim como em outros mercados de combustíveis, Thiago Barral vê a possibilidade de, por exemplo, misturar hidrogênio, gerado de fontes distintas, e certificá-los como de baixa emissão de carbono, desde que o teor de CO2eq não ultrapasse limites ainda a serem definidos.

O evento ocorreu no auditório do subsolo da sede do Ministério de Minas e Energia (MME) em Brasília no dia 16/08 (quarta-feira), e a ABH2 esteve presidente através de seu presidente, Paulo Emílio Valadão de Miranda, e superintendente executivo, Gabriel Lassery.

A Associação Brasileira do Hidrogênio participa de todas as Câmaras Temáticas para o Programa Nacional do Hidrogênio. Ademais, o presidente da Associação, Paulo Emílio Valadão de Miranda é membro do Comitê Gestor do Programa Nacional do Hidrogênio, e o Diretor Científico Tecnológico da Associação, Helton José Alves é relator da Câmara Temática de Capacitação de Recursos Humanos do PNH2.

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